Edge Computing: qual o futuro da conectividade?

Com os avanços da tecnologia e o aumento crescente da demanda por conectividade permeando todos os aspectos da vida moderna, surge a necessidade de novas soluções capazes de fornecer respostas condizentes com os requisitos das aplicações atuais e futuras. 

Uma destas soluções é o Edge Computing, abordagem inovadora que visa superar as limitações dos modelos de computação tradicionais por meio de uma arquitetura distribuída, para promover o processamento de dados na borda da rede, ou seja, o mais próximo das fontes de dados e dispositivos do usuário. Diferentemente da computação em nuvem, que centraliza o processo em servidores remotos, o Edge Computing permite que o processamento ocorra localmente e de maneira descentralizada, trazendo vantagens significativas. 

Ao processar dados na borda, é possível reduzir a latência, minimizar a sobrecarga nas redes e melhorar a segurança dos dados.

Além disso, o Edge Computing oferece maior capacidade de resposta, permitindo a execução de aplicativos em tempo real, já que dependem de uma latência extremamente baixa, como em carros autônomos, aplicação de realidade virtual e Internet das Coisas (IoT). 

Apesar de reduzir a latência, melhorar a segurança (mantendo os dados sensíveis localmente), aumentar a eficiência da rede (evitando tráfego desnecessário de dados) e permitir uma maior escalabilidade, a abordagem de Edge Computing tem como principal desafio a gestão e o controle dos dispositivos distribuídos, além da necessidade de uma infraestrutura robusta, capaz de orquestrar o fluxo de dados de maneira a tornar a localização geográfica do dispositivo transparente, do ponto de vista da rede. 

Além disso, ao contrário da abordagem tradicional em nuvem, em que se tem a segurança concentrada na entrada e na saída da nuvem, no Edge Computing existe a necessidade de construir camadas de segurança de maneira disseminada, visando garantir a integridade dos dados, tanto nos dispositivos como no tráfego entre eles. 

Com o avanço do número de dispositivos conectados, aumento do volume de dados e a necessidade de baixa latência, exigida por aplicações da “Era 4.0”, o movimento em direção ao Edge Computing é crescente e irreversível.  

À medida que a infraestrutura de rede for atualizada para lidar com a computação em borda, teremos uma conectividade mais rápida, confiável e responsiva, com capacidade aprimorada para lidar com a explosão de dados gerados por dispositivos e aplicativos em tempo real. 

O Edge Computing já é e se tornará cada vez mais parte essencial da arquitetura de rede, capacitando a próxima geração de inovações tecnológicas em todos os setores. É difícil prever o futuro da tecnologia, mas certamente o futuro das redes e das aplicações 4.0 está na adoção massiva do Edge Computing. 

Júlio Martins, Diretor de Inovação na Roost

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