Eu me chamo Sthefany, desse jeitinho diferente, então como existem várias versões de como escrever meu nome, todo mundo me chama de STHE, ou Teté. Meus pais me tiveram muito novos, o que me deu a oportunidade de crescer bem pertinho dos meus avós e receber todo o chamego do mundo. Também tenho 2 irmãs mais novas, que são os amores da minha vida e as pessoas que mais pego no pé, coisa de irmã mais velha, sabe?
Nasci em Itaquaquecetuba, cidade da região metropolitana de São Paulo, lugar em que meus pais e avós nasceram e moram até hoje, mas eu não me conformava com este mesmo destino e para ajudar, a escola que eu frequentava incentivava as crianças e adolescentes a se dedicar aos estudos, ou a ter vontade de fazer uma faculdade e uma carreira. Aos 5 anos de idade eu já falava para minha mãe que queria pegar o trem para trabalhar e morar no centro de São Paulo, e realmente cresci com isso no meu coração.
Quando eu estava perto de debutar, essas questões foram me assombrando. Medo de não conseguir ser “alguém na vida”, pois eu nunca tinha tido a oportunidade de ter feito um curso, e muito menos era cobrada para dar o meu melhor nos estudos. Mas eu sempre fui uma menina de muita fé, e decidi ouvir a voz de Deus sobre o que ele queria sobre a minha vida, essa é a minha crença.
Eu queria que o meu destino fosse diferente e fiz a diferença. A primeira coisa foi mudar de escola, foi bem difícil convencer meus pais, pois a escola era na cidade ao lado, onde os estudos eram muito melhores, mas custaria o tempo deles para me levar e buscar, porém, com muito esforço deu tudo certo. Depois comecei a procurar emprego, e consegui um de jovem aprendiz, onde eu sempre falei que queria, “no centro de São Paulo”. Eu gastava 5 horas de transporte público para ir e voltar do serviço, acordava às 5 horas da manhã, saía do serviço direto para a escola e chegava em casa às 23 horas. Como jovem aprendiz eu tive muitas oportunidades, e uma delas foi fazer o meu primeiro curso em uma boa escola. Ali eu me dediquei e absorvi tudo que pude. E eu que tinha medo de não conseguir, comecei a sentir vontade de ir além, de abrir portas para minhas irmãs e minha família.
Entrei na faculdade com 17 anos. Sempre tive muito afeto por pessoas e todos os assuntos que envolvem pessoas, pois fui criada na igreja e sempre participei de trabalhos voluntários. Ah! E o mais importante, fui criada com a minha avó paterna, a melhor pessoa que conheço nesse mundo, e por influência dela entrei em “Serviço Social”. Desde o primeiro dia do curso, não tinha sequer uma aula em que eu não chorava assistindo. Então, percebi que para fazer Serviço Social você tem que ter muito preparo, pois não é sobre ajudar as pessoas por bondade, mas sim por lutar por direitos sobre tudo para quem não os tem.
Quando decidi trancar a faculdade de Serviço Social fiquei muito perdida do que eu faria, e nos dias que fiquei pensando no que faria, eu lembrei do curso que fazia quando era jovem aprendiz, que era focado em Marketing, e eu me dava muito bem, pois é uma área muito ampla. Entrei para Marketing logo em seguida, mas ainda estava muito perdida em que área dentro do marketing eu seguiria.
Depois de um tempo estudando marketing eu entrei na Roost como Inside Sales, e em 8 meses fui para área de Marketing. Eu não tinha experiência na área quando comecei, mas tive a benção de trabalhar com pessoas muito experientes, e com muita paciência para ensinar, tanto as pessoas que trabalho internamente, quanto as agências que são nossas parceiras, todos me ensinam muito todos os dias. Também tenho a oportunidade de trabalhar juntinho ao departamento de RH fazendo o endomarketing, e essa junção me deu uma luz sobre em que caminho quero minha carreira. Me formei em Marketing, fiz Pós-graduação em Comunicação Interna, e foi a coisa mais gostosa que já estudei, pois posso dizer que me encontrei.
Saí de Itaquaquecetuba, moro no centro de São Paulo onde sempre sonhei, trabalho no lugar em que me sinto feliz, que me dá muitas oportunidades e que tem pessoas que amo ter por perto. E além disso tive a sorte de me casar com um cara incrível! Eu, que um dia pensei que nem chegaria a concluir um curso ou uma faculdade, hoje sou pós-graduada, e aos 22 anos posso dizer que esse é só o começo.
Cada um tem seu tempo para realizar cada coisa, mas não podemos desistir de nenhum sonho, só precisamos nos encontrar nele. No meu caso, continuarei colocando Deus no centro de cada passo que a minha vida precisar dar.